Rio Grande do Sul realiza 30 transplantes de córneas durante as enchentes

Os procedimentos ocorreram em hospitais de Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo

Rio Grande do Sul realiza 30 transplantes de córneas durante as enchentes
Foto: Divulgação

Desde o início das enchentes, a Central Estadual de Transplantes, da Secretaria Estadual da Saúde (SES), distribuiu córneas para realização de 30 transplantes em hospitais de Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo. Diante das dificuldades de comunicação e logística causadas pela situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o trabalho era focado nas urgências e apenas com captação de córneas, de forma regionalizada.  

Na quarta-feira, 15/05, a Central emitiu um comunicado sobre as medidas para reiniciar as captações de todos os tipos de órgãos e tecidos, assim como a realização de transplantes. O documento foi endereçado a Chefes de Equipes de Transplantes, Organizações de Procura de Órgãos (OPOS), OPOS Cirúrgicas e Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde. 

A partir de agora, a Central de Transplantes orienta sobre os procedimentos referentes ao processo de transplantes possíveis de todos os tipos de órgãos e tecidos. A lista de espera de receptores ativos está composta atualmente por: 12 receptores de coração, 1.246 de córneas, 158 de fígado, 66 de pulmão e 1.222 de rim.   

Desta forma, a Central preconiza que esses transplantes, que são cirurgias de alta complexidade, devem ocorrer em condições que permitam o acesso dos receptores aos serviços hospitalares e que esses tenham disponibilidade de equipes e blocos cirúrgicos, sangue para as cirurgias e toda a logística necessária.  

Para a captação de órgãos, estão previstos, ainda, o retorno das avaliações de doadores em morte encefálica para validação dos órgãos e tecidos, além das entrevistas com familiares, sempre que for possível. 

A Central conta com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e de aeronaves de vários Estados do Brasil Para resolver os problemas de logística de transporte de órgãos e tecidos. Essa parceria facilita o acesso de material biológico, tecidos e órgãos. Além do transporte aéreo, o acesso terrestre também é utilizado.