Servidores podem entrar em greve nesta quarta
A partir de quarta-feira, dia 5 de dezembro, os servidores públicos municipais de Bento Gonçalves podem entrar em greve. A paralisação ocorre caso a prefeitura não regularize o pagamento dos salários de novembro até esta terça-feira, dia 4. A decisão foi sinalizada em assembleia realizada na semana passada. Pela legislação, a categoria deveria ter os valores acertados até o último dia do mês.
A alternativa encontrada pela prefeitura para honrar os pagamentos era uma suplementação orçamentária. A proposta foi rejeitada pela Câmara de Vereadores durante a sessão ordinária desta segunda-feira, dia 3. Com isso, um plano B deverá ser buscado pelo município.
O plenário da casa estava tomado pelos servidores, que, empunhando cartazes, acompanharam as votações. Foram contrários os vereadores Adelino Cainelli (PP), Elvio de Lima (PMDB), Ivar Castagnetti (PMDB), Mario Gabardo (PMDB) e Neri Mazzochin (DEM). Votaram a favor: Airton Minúsculi (PT), Gilmar Pessuto (PSDB), Marcos Barbosa (PRB) e Neilene Lunelli (PT). O presidente da Câmara, Valdecir Rubbo (PDT), vota apenas em caso de empate. A votação foi nominal. A cada voto, os presentes manifestavam-se aplaudindo ou vaiando os vereadores. Com a negativa ao projeto, os servidores deixaram a Casa aos gritos de “greve”.
Decisão política
Visivelmente chateada, Neilene manifestou-se ao final das votações. Ela classificou a decisão dos colegas como política e falou que os vereadores por diversas vezes estariam boicotando os projetos do Executivo. Segundo a vereadora, o pagamento dos servidores seria feito com os recursos que aos poucos vão entrando no caixa da prefeitura. Embora haja o dinheiro em caixa, não haveria rubrica no orçamento para efetuar o pagamento, por isso a necessidade da suplementação. Os vereadores contrários à proposta manifestaram-se antes das votações dizendo que não estava sendo contra os servidores, mas preocupados com possíveis apontamentos futuros.
13º salário
Também deveria entrar em votação proposta sobre a realização de empréstimos pessoais para o pagamento da segunda parcela do 13º salário com o compromisso de que os valores seriam quitados pela prefeitura. A alternativa já havia sido rejeitada pelos servidores em assembleia. A preocupação era de que o próximo governo não tivesse recursos para honrar a dívida com o banco. Com a negativa dos servidores, a matéria foi retirada da pauta de votações a pedido da líder de governo na Câmara, Neilene Lunelli (PT). Segundo ela, caso a suplementação de R$ 24,2 milhões tivesse sido aprovada, haveria recursos para o pagamento sem a necessidade do financiamento.
Reportagem: Carina Furlanetto
É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.
Siga o SERRANOSSA!
Twitter: @SERRANOSSA
Facebook: Grupo SERRANOSSA
O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.