Situação da Usina 14 de Julho

Usina 14 de Julho registrou vazão vertida de 6.047,58 m³/s no último domingo

Situação da Usina 14 de Julho.
Usina 14 de Julho nesta quinta-feira (3). Foto: Diogo Zanetti/Jornal SERRANOSSA

Cotiporã (RS) – As águas do Rio das Antas, na Usina 14 de Julho, em Cotiporã, atingiram um volume expressivo no último domingo, 29 de junho. Às 17h, a vazão vertida do rio pela barragem chegou a impressionantes 6.047,58 m³/s. Já nesta quinta-feira (3), por volta das 15h, o volume registrado era de 305,77 m³/s.

Durante a catástrofe climática de maio de 2024, por exemplo, a vazão ultrapassou os 15.000 m³/s. Na ocasião, a barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho rompeu parcialmente na tarde de quinta-feira, 2 de maio.

O rompimento ocorreu porque as equipes não conseguiram abrir as comportas da usina — o acesso até o local foi bloqueado pelas chuvas intensas, que provocaram quedas de barreiras e torres de transmissão, além da interrupção do fornecimento de energia. A usina voltou a operar em dezembro de 2024.

Um detalhe observado com atenção por quem circula pela região: a histórica Ponte de Cotiporã, localizada a cerca de 6 km rio abaixo da barragem, costuma ficar submersa sempre que a vazão ultrapassa 1.200 m³/s. Evolução da vazão no último fim de semana:

  • 28/06 – 16h: 250,59 m³/s
  • 28/06 – 23h: 734,60 m³/s
  • 29/06 – 4h: 2.078,34 m³/s
  • 29/06 – 11h: 4.737,51 m³/s
  • 29/06 – 14h: 5.687,31 m³/s
  • 29/06 – 17h: 6.047,58 m³/s

Em condições normais de operação e em plena capacidade, a Usina 14 de Julho pode gerar até 2.400.000 kWh por dia — energia suficiente para abastecer aproximadamente 360 mil residências.

A Companhia Energética Rio das Antas (CERAN), responsável pela Usina 14 de Julho e pelas UHEs Monte Claro e Castro Alves, informou na semana passada que segue monitorando as estruturas e mantém contato com as Defesas Civis, reforçando que as barragens se encontram em situação de normalidade.

Veja o registro do jornal SERRANOSSA desta quinta (3):

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