Curso de Nutrição da UCS Bento reforça importância do aleitamento materno

Professoras Pâmela Antoniazzi dos Santos e Bárbara Lorencet, do curso de Nutrição, discorrem sobre essencialidade da amamentação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como meta aumentar as taxas mundiais de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida para 50% até o ano de 2025. No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, esse índice é de 45,8%, acima da média mundial, de 41%, mas abaixo de algumas nações europeias em que a taxa alcança 56%.
Importantes ações são feitas para estimular esse comportamento, como a campanha mundial de incentivo ao aleitamento materno, realizada durante o mês de agosto e conhecida como Agosto Dourado, por ser considerado pela OMS como o “alimento de ouro” para os bebês.
A amamentação é fundamental para a saúde tanto do bebê quanto da mãe. O leite materno deve ser oferecido ao bebê desde a primeira hora de vida até os seis meses de idade de forma exclusiva e até pelo menos os dois anos, complementando a alimentação saudável para atingir o crescimento e desenvolvimento ideais. Isso porque o leite materno confere uma fonte essencial de nutrientes, contendo água, gordura, proteínas e carboidratos na quantidade suficiente para a criança. Além disso, o leite materno também conta com células imunes, hormônios e compostos bioativos com propriedades anti-inflamatórias e anti-infecciosas.
Não existe leite que se assemelhe ao leite materno, ou seja, é um alimento inigualável! A amamentação fornece benefícios e proteção tanto para o bebê quanto para a mãe. Dentre esses benefícios para a criança, estão a prevenção de sobrepeso e obesidade, diabetes, alergias, desnutrição, problemas odontológicos e respiratórios. As mulheres que amamentam reduzem o risco de câncer de útero, ovário e mama, além de reduzirem o risco de hemorragias e anemia após o parto.
Com a amamentação, o vínculo entre mãe e filho se fortalece, pois o ato de amamentar promove uma intensa interação, o que ajuda no desenvolvimento motor e emocional da criança. Para o sucesso da amamentação, é importante que a mulher cuide de sua saúde física e mental, envolvendo atenção especial para alimentação, hidratação adequada e descanso necessário.
Ter uma rede de apoio, isto é, pessoas e profissionais que auxiliem, também contribui para que essa mãe consiga concentrar atenção ao seu recém-nascido. É importante, ainda, que não sejam oferecidos outros leites, água ou alimentos para a criança até os seis meses, já que é desnecessário e pode afetar o aleitamento materno. Da mesma forma, mamadeiras e chupetas são contraindicadas, pois podem confundir as crianças em relação ao esforço de sugar no seio materno. Outras práticas que podem prejudicar a amamentação incluem fumar, usar medicações sem receita médica e ingerir bebidas alcoólicas.
Existem diversos mitos em relação à amamentação. Um dos principais dá conta da existência de leite fraco. Não existe leite materno fraco! Todo leite materno é adequado, mesmo diferindo na cor, no aspecto ou no sabor. Outra dúvida é em relação à quantidade de leite suficiente para a criança. A maioria das mulheres produz leite suficiente para o seu bebê e, caso desconfie de baixa quantidade, ela deverá procurar um profissional de saúde.
E como saber se o bebê está mamando o suficiente? Alguns sinais são indispensáveis de serem observados. Caso o bebê seja ativo e responda a estímulos, urine no mínimo seis vezes em 24h um líquido claro e está crescendo de forma adequada significa que a quantidade está apropriada. Uma excelente fonte de informações para as famílias é o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos”, documento oficial do Ministério da Saúde, publicado em 2019, com orientações sobre alimentação de crianças nos dois primeiros anos de vida. Para acessá-lo, entre em https://bit.ly/3wx5bNU.
O aleitamento materno protege a saúde durante toda a vida. Para outras informações, procure um nutricionista! A UCS dispõe do curso de Nutrição no campus de Bento Gonçalves. Caso você se interesse por essa área, vem para a UCS.

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