Médico do RS preso por suspeita de causar 42 mortes de pacientes consegue habeas corpus
O médico havia sido preso na tarde de quinta-feira, 14/12, em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo
O médico João Batista do Couto Neto, investigado de causar mortes de 42 pacientes e lesões em outros 114 em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, obteve na segunda-feira, 18/12, um habeas corpus após pedido da defesa, segundo o delegado Tarcísio Kaltbach, que investiga o caso, e o advogado que o defende, Brunno de Lia Pires.
A decisão está sob segredo de Justiça. Segundo o advogado, o habeas corpus foi aceito, mas até a noite de segunda, Couto ainda não havia saído da prisão. O médico havia sido preso na tarde de quinta-feira, 14/12, em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo.
Ele teve a prisão preventiva decretada após ser indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso (quando há intenção de matar) em três inquéritos, no fim de novembro.
Segundo a Polícia Civil, ele foi preso enquanto atendia no hospital. Após a prisão, cidades do interior de São Paulo descredenciaram Couto.
Em fevereiro deste ano, João Couto se registrou no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Na ocasião, o Cremesp confirmou estar ciente de que o médico enfrentava uma suspensão em sua licença, mas que “é obrigado a efetuar o registro do médico” por se tratar de uma restrição parcial.
De acordo com o delegado, a finalização de novos inquéritos contra Couto depende de laudos a serem enviados pelo Departamento Médico Legal de Porto Alegre.
Indiciamentos
De acordo com Tarcísio Kaltbach, os indiciamentos são decorrentes de apurações envolvendo a morte de dois homens e uma mulher. Segundo o titular da 1ª DP de Novo Hamburgo, ainda restam 39 investigações de homicídio e 114 de lesão corporal envolvendo o cirurgião.
“Procedimentos complexos, farta documentação a ser analisada, laudos a serem recebidos pelo Instituto Médico Legal (IML)”, explica o delegado.
Fonte: g1 RS